O XI Congresso Nacional do PSB foi oficialmente aberto há pouco pelo presidente nacional do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no auditório Petrônio Portella, no Senado. Em pauta, os “avanços” que o partido obteve desde o congresso anterior, realizado em agosto de 2005. Segundo Campos, a legenda estaria presente hoje em quase três mil cidades do país, e representa uma “alternativa democrática” na política brasileira.
Cogitada para a vice-prefeitura de São Paulo, ao lado da ministra do Turismo licenciada, Marta Suplicy (PT), a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), chegou cedo à solenidade e, enquanto esperava o início, conversou com o Congresso em Foco sobre seu novo partido. Ex-petista (ela se desfiliou do PT em setembro de 1997), Erundina disse que o PSB mantém o ideário socialista e tem hoje um “projeto de poder”.
“Se nós somos partido – e partido legal, que faz parte do quadro institucional do país –, temos de nos capacitarmos e viabilizarmos como uma alternativa de poder no país, conquistando espaços de poder em todos os níveis”, declarou Erundina, que esteve por 17 anos no PT, partido que ajudou a fundar.
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“Nós não podemos renunciar a esse projeto de poder, sem o que não nos justificamos como partido político que representa um marco institucional, que é esse que vive nosso país sob a égide da Constituição de 88”, acrescentou a deputada, enquanto contemplava imagens do líder revolucionário Ernesto “Che” Guevara e episódios da Revolução Cubana projetados em grandes telões fixados no auditório.
Companheiro
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), compareceu à abertura do XI Congresso. Ao Congresso em Foco, Bersoini ressaltou o papel de parceria que o PSB tem com o governo Lula.
Publicidade“O PSB é um parceiro histórico do PT, nós temos uma relação de cooperação de construção de socialismo no Brasil e, com certeza, esperamos fortalecer essa relação estrategicamente”, discursou.
Em relação ao imbróglio sobre a dificultada aliança entre PT e PSDB em Belo Horizonte nas próximas eleições municipais, com participação crucial do PSB, o petista disse que isso não interferirá nos planos do PT em nível nacional.
“É um fato isolado, em que temos uma divergência. Mas uma divergência dentro dos espaços do que é a coligação eleitoral para uma eleição municipal. Isso não afeta nossas relações do ponto de vista nacional”, disse.
Em BH, petistas e tucanos, com o apoio do governador do estado, Aécio Neves (PSDB), e do prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT), estudam uma aliança que teria como candidato à prefeitura o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Aécio, Márcio Lacerda (PSB), com o deputado estadual Roberto Carvalho (PT) como vice-prefeito.
A Executiva Nacional do PT desaconselhou a aliança, mas o Diretório Regional do partido mantém firmes as negociações para emplacar a inusitada aliança entre tucanos e petistas na capital mineira. (Fábio Góis)
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