O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, deve decidir nesta semana se há fato determinado que justifique a abertura de uma CPI para investigar o esquema de compra com dinheiro público de ambulâncias superfaturadas por meio de emendas de parlamentares.
O requerimento para criação da CPI dos Sanguessugas já tem a assinatura de 210 deputados e 30 senadores e foi entregue na última quinta-feira à Mesa do Congresso. A iniciativa de criação da Comissão partiu do Psol, PPS e PV.
Dos 16 deputados investigados pela comissão de sindicância da Câmara, apenas dois assinaram o requerimento, João Correia (PMDB-AC) e Maurício Rabelo (PL-TO). O líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna, único senador citado no esquema, não assinou o requerimento.
Os parlamentares que propuseram a criação da CPI dos Sanguessugas reconhecem que será difícil realizar as investigações num ano de eleição como é 2006. Mas, nem por isso querem que as denúncias não sejam investigadas.
"Essa é uma situação atípica e exige de nós um comportamento atípico. Tem que ser bombardeado o raciocínio de que a cinco meses da eleição nada se faz de relevante neste Congresso", ponderou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
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