A Justiça do Estado do Pará condenou ontem os dois assassinos da missionária norte-americana, naturalizada brasileira, Dorothy Stang. Após dois dias de julgamento, o 1º Tribunal do Júri do Pará sentenciou Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, a 27 anos de prisão, e Clodoaldo Batista, o Eduardo, a 17 anos. A condenação inicial dada pelo juiz Cláudio Montalvão foi de 28 anos, mas como ele considerou o fato de Rayfran ter confessado o crime e ser réu primário, diminuiu a pena em um ano. Clodoaldo foi condenado como co-autor do crime. Ambos vão cumprir a sentença na penitenciária de Americano, no município de Santa Izabel, região Metropolitana de Belém.
O resultado foi comemorado dentro e fora do Tribunal de Justiça. Na plenária, a senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) abraçou a irmã de Dorothy Stang logo após o resultado final. A mãe de Clodoaldo chorou ao ouvir a sentença do filho. Do lado de fora do Tribunal de Justiça, cerca de 600 agricultores comemoraram a condenação de Rayfran e Clodoaldo. Cartazes com a foto de Dorothy Stang foram erguidas em comemoração quando o carro de som anunciou a decisão judicial. "Foi um processo rápido fruto de um trabalho eficiente", disse a coordenadora dos Direitos Humanos da OAB do Pará, Mary Cohen.
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