Segundo o senador, condenado em agosto de 2013, Dilma não tem credibilidade para continuar no cargo por causa da denúncia de crime de responsabilidade. Cassol defendeu que o afastamento da petista é necessário e que, se ficar comprovada sua inocência ao final do processo, ela poderá retornar ao Palácio do Planalto.
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“Fui prefeito de Rolim de Moura e governador de Rondônia por dois mandatos. Todas as minhas contas foram aprovadas pelo tribunal de contas do meu estado. Como administrador público, fui transparente e zelei pelo uso do recurso público”, discurso em plenário o senador, que se mantém em liberdade e no exercício do mandato há quase três anos à espera da análise de último recurso no Supremo.
“Na vida privada de uma pessoa, de um comerciante ou de um político, tem algo que jamais se pode perder que se chama credibilidade. A partir do momento que um governo perde credibilidade, ele não reconstrói. Além de credibilidade, falta (a Dilma) a junção de um proposito só”, afirmou o rondoniense, que começou a discursar às 5h desta quinta-feira.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já pediu ao STF que Cassol comece a cumprir a pena em regime semiaberto de prisão. Os ministros adiaram no mês passado a análise daquele que é considerado pela acusação o último recurso a que o parlamentar tem direito.
Dezena de processos
PublicidadeOs ministros consideraram que ficou comprovada a participação de Cassol e outros dois réus da Ação Penal 565 em um esquema que beneficiava empresas em licitações para a contratação de obras em Rolim Moura, município de Rondônia. O STF identificou fraude em 12 licitações realizadas pela prefeitura durante a administração de Cassol. Segundo a acusação, o processo foi direcionado para beneficiar cinco empreiteiras locais cujos sócios tinham ligações pessoais ou profissionais o senador. Entre eles, dois cunhados e um ex-sócio de sua esposa em uma rádio local.
Além do recurso, o ex-governador de Rondônia é réu em duas ações penais (562 e891) por calúnia e corrupção eleitoral e investigado em outros sete inquéritos (3158, 2828, 3513,3742, 3614, 3820 e 3961) por peculato, improbidade administrativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, contra o sistema financeiro e contra a Lei de Licitações.
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