Começou com 50 minutos de atraso, a megaacareação que está colocando frente a frente o empresário mineiro Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão, e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Expulso do PT no último sábado, Delúbio conseguiu um hábeas-corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), e poderá permanecer calado para não se auto-incriminar.
A megaacareação está sendo realizada na sala de reuniões 6 do Senado e contará com a participação de oito pessoas. Um a um, serão chamados para a sala da comissão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; o ex-assessor do PP João Cláudio Genu; o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas; o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri; o ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos, e José Luiz Alves, ex-chefe-de-gabinete do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto; além da diretora-financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos.
Ao abrir a sessão da CPI do Mensalão, o relator da comissão, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), ressaltou que a acareação é necessária para que a CPI possa confrontar o que cada um dos depoentes disseram em reuniões anteriores. “A soma dos quantitativos registra uma diferença de milhões de reais, e a CPI tem interesse em saber o destino que tomou esse dinheiro”, afirmou Abi-Ackel. No entanto, ele acredita que os depoentes devem manter as suas versões.
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