Marcha contra a corrupção no aniversário de Brasília
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A partir das 10h, os manifestantes se reunirão no Museu da República e marcharão até a Praça dos Três Poderes. No caminho, está o Congresso Nacional, palco da comissão parlamentar mista de inquérito que investigará as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com parlamentares e agentes públicos e privados.
Segundo um dos coordenadores do grupo Movimento Brasil de Combate à Corrupção, Ricardo Montezuma, a publicação das denúncias envolvendo o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) foi uma surpresa para todo mundo. “Nunca poderíamos esperar. Aquele que se mostrava como um dos defensores da ética, da probidade e da moralidade foi flagrado. Ficamos bastante decepcionados sim”, contou Montezuma ao Congresso em Foco. No entanto, pare ele, ainda é possível acreditar que há parlamentares honestos e que é possível exercer um mandato sem os vícios das velhas práticas políticas.
Sem políticos
Como a marcha tem caráter apartidário, os organizadores pedem que políticos não compareçam ao evento. “Se ele não se identificar e quiser participar da marcha como cidadão, não podemos fazer nada. Mas caso algum político apareça, ele não terá voz e nem espaço para chamar atenção”, avisou Montezuma. Para o coordenador da marcha, seria uma falta de respeito para com os eleitores a presença de qualquer político. “Se ele não consegue respeitar um movimento público apartidário, ele não respeita o seu eleitor. Provavelmente não respeita o dinheiro público também”, disse.
PublicidadeNo ano passado, mais de 25 mil pessoas ocuparam as pistas da Esplanada dos Ministérios em 7 de setembro. Depois, em 12 de outubro, foram 13 mil. Em uníssono, gritos de guerra contra a corrupção ecoaram pelos ministérios. O recorde de público foi alcançado graças a uma intensa mobilização feita a partir das redes sociais.
Das três bandeiras levantadas pelo grupo nas outras duas marchas, apenas o fim do voto secreto parlamentar continua na pauta. Além deste tema, o grupo defende também a adoção das regras da Lei da Ficha Limpa para todos os agentes públicos, o julgamento do processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal e o repasse de 10% do orçamento da União para a Saúde. No âmbito local, a marcha exige a moralização do Governo do Distrito Federal, que teve secretários e até mesmo o governador Agnelo Queiroz (PT) envolvidos nas denúncias do esquema de corrupção montado por Carlinhos Cachoeira.
A III Marcha Brasil contra a Corrupção começará às 10h no Museu da República. A dispersão será feita na Praço dos Três Poderes. Organizam a marcha, grupos da sociedade civil: Juventude Consciente, Movimento Brasil de Combate à Corrpução, Dia do Basta, Annonnymous, Nas Ruas e outros grupos diversos organizados pelas redes sociais.
Para Montezuma, “pólvora e gasolina não faltam”. “A população está mobilizada, nós fizemos distribuição de panfletos por toda a cidade e esperamos ter uma grande adesão”, diz. Os panfletos distribuídos foram doados aos grupos organizadores da marcha pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal.
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