O coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual Ubiratan Guimarães (PTB), que comandou a invasão que resultou no massacre do Carandiru, em 1992, foi encontrado morto em sua casa. O corpo foi achado por volta das 22h30 de ontem pelo chefe de gabinete de Ubiratan, Eduardo Anastasi, e por outro coronel que foram até a casa dele, na rua José Maria Lisboa, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), após estranharem a falta de contato do coronel, que tinha 63 anos.
A vítima estava enrolada em uma toalha e tinha uma perfuração de bala na região do abdômen. O corpo apresentava rigidez cadavérica, o que indica que a morte deve ter ocorrido no dia anterior. A polícia acredita que o crime possa ter sido passional. No local da ocorrência, não havia sinais de luta corporal.
A última pessoa a ser vista com o coronel foi sua namorada Carla que, segundo o porteiro, deixou o apartamento de Ubiratan Guimarães na manhã do domingo. De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, que assumiu as investigações, Carla deverá prestar depoimento hoje (11).
Ubiratan era candidato à reeleição. Em 1992, Ubiratan Guimarães comandou a ação que terminou com um saldo de 111 mortos na penitenciária do Carandiru em São Paulo. Em 2001, ele foi condenado a 632 anos de prisão pela morte dos detentos. Em 15 de fevereiro deste ano, conseguiu absolvição no Órgão Especial do Tribunal de Justiça, alegando que houve erro no voto dos jurados. O ex-diretor da Casa de Detenção José Ismael Pedrosa, 70, foi assassinado em outubro de 2005.
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O corpo do deputado estadual Ubiratan Guimarães será velado hoje (11), na Assembléia Legislativa ou no Centro de Cavalaria da Polícia Militar.
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