Mário Coelho
Depois das invasões, confusões e conflitos dos últimos dias, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) passa por uma manhã tranquila. Sem a presença de deputados e manifestantes, estão na sede do poder Legislativo local basicamente servidores da Casa.
Para garantir que não aconteçam novas ocupações ou manifestações que prejudiquem o ritmo das sessões, o presidente em exercício da Câmara, Cabo Patrício (PT), decidiu proibir a entrada de pessoas não credenciadas. A determinação vale desde ontem.
Em entrevista à TV Globo na manhã desta quinta-feira (10), Cabo Patrício afirmou que, para manter a ordem e o prosseguimento das sessões, continuaria proibindo a entrada de manifestantes. Desde a semana passada, parlamentares da base aliada ao governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), usaram os manifestantes como pretexto para não comparecer à Casa e dar quorum para tomar decisões para combater a crise instalada depois da revelação da existência do mensalão do Arruda.
A decisão de Patrício contraria um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do DF a pedido da seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OABD-DF). A entidade questionava a decisão da juíza substituta da 1ª Vara da Fazenda Pública do DF, Júnia de Souza.
Ao conceder a reintegração de posse à Câmara Legislativa, durante a ocupação dos estudantes no plenário, ela proibiu a entrada de qualquer pessoa que não fosse deputado ou servidor da Casa.
Na área externa da Câmara, cerca de 20 policiais militares fazem a segurança das cercanias do prédio. Membros da Polícia Legislativa controlam a entrada e saída de pessoas. Porém, o movimento, por enquanto, é pequeno. Mas pode aumentar durante a tarde.
Integrantes do movimento “Fora, Arruda” se reúnem ao meia-dia no campus da Universidade de Brasília (UnB) para decidir as próximas mobilizações.
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