O parlamentar fez questão de destacar as “diversas sabotagens” que a CPI precisou enfrentar desde a sua criação. De acordo com ele, as inúmeras tentativas de “boicote às sessões” e até mesmo a paralisação do colegiado, aumentaram a “vontade de investigar mais e mais”.
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“Ao longo dos últimos meses, a CPI sofreu diversas sabotagens, desde o boicote às sessões, até a anulação de requerimentos de convocação aprovados dentro da legalidade. O objetivo da Bancada da CBF era paralisar a CPI e enterrar os trabalhos, mas eles não conseguiram. Segui com foco na análise de documentos e só aumentei minha vontade de investigar mais e mais”, destacou.
À época, Romário acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para exigir a retomada dos trabalhos da CPI do Futebol. Ele entrou com um mandado de segurança cobrando a continuidade das investigações, interrompidas há mais de dois meses, desde que Renan determinou a suspensão de convocações já aprovadas pela comissão.
“Os meses que nos tomaram agora serão restabelecidos. Vamos conseguir colher os depoimentos do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e do ex-presidente Ricardo Teixeira. Assim como de todas as outras pessoas que forem necessárias para o inquérito”, acrescentou Romário.
CPI do Futebol
PublicidadeOficialmente criada em 29 de maio de 2015, a Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o comitê organizador local da Copa do Mundo Fifa 2014, tinha prazo de 180 dias para investigar possíveis irregularidades em contratos feitos para a realização de partidas da Seleção Brasileira de futebol, de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014.
O pedido de criação da CPI foi apresentado por Romário depois que Marin e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos na última quarta-feira (27) pelo serviço de inteligência norte-americano (FBI) e pela polícia suíça em Zurique por suspeita de corrupção. Entre outras irregularidades, Marin teria recebido propina em um esquema de corrupção envolvendo a organização da Copa América.
Leia a íntegra do recado publicado pelo senador:
“Acabo de conseguir 54 assinaturas para prorrogar a CPI do Futebol. O prazo final para a conclusão dos trabalhos era o próximo dia 16 de agosto. Com a nova prorrogação, teremos meses suficientes para concluir, com êxito, essa importante investigação.
Ao longo dos últimos meses, a CPI sofreu diversas sabotagens, desde o boicote às sessões, até a anulação de requerimentos de convocação aprovados dentro da legalidade. O objetivo da Bancada da CBF era paralisar a CPI e enterrar os trabalhos, mas eles não conseguiram. Segui com foco na análise de documentos e só aumentei minha vontade de investigar mais e mais.
Os meses que nos tomaram agora serão restabelecidos. Vamos conseguir colher os depoimentos do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e do ex-presidente Ricardo Teixeira. Assim como de todas as outras pessoas que forem necessárias para o inquérito.
Obrigado a todos os senadores que apoiaram essa investigação!”