O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi alvo de 12 pedidos de impeachment no Senado nos últimos dois anos. Metade deles foram assinados por Fernando Collor (PTC-AL). O senador – que é investigado pela Operação Lava Jato e responde 30 inquéritos por corrupção passiva, 376 por lavagem de dinheiro e outros 48 por peculato – acusa Janot de atuar com parcialidade na hora de escolher quais políticos seriam denunciados no âmbito da operação que investiga os desvios de dinheiro da Petrobras. Em outro processo, Collor sai em defesa do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. De acordo com o parlamentar alagoano, o procurador-geral da República violou a separação dos Poderes quando autorizou a busca e apreensão no gabinete do peemedebista. As informações foram publicadas pelo Estadão na manhã de hoje (domingo, 15).
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Janot apresentou denúncia contra Collor e Cunha no Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2015. Depois, em novembro do mesmo ano, o procurador-geral solicitou à Corte que os veículos de luxo do ex-presidente, apreendidos em uma das fases da Lava Jato, fossem vendidos. Para o procurador-geral, existem fortes indícios de que os carros foram comprados para lavar dinheiro desviado da estatal por meio de pagamento de propina em troca de contratos. Mas, em fevereiro de 2016, o STF negou o pedido feito por Janot e manteve os carros de luxo sob os cuidados de Collor.
Nos outros seis pedidos protocolados no Senado, também aparecem denúncias por falta de decoro. Desta vez, o que motivou a representação contra Janot foi o pedido de prisão dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL).