O documento foi anexado ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) em que o senador é investigado por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato. Collor gastou quase cinco vezes mais do que declarou ter recebido para pagar as faturas dos cartões de crédito no período analisado. “A movimentação com o cartão é incompatível com os rendimentos declarados”, diz o laudo.
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Collor é sócio das empresas Água Branca Participações, TV Gazeta e Gazeta de Alagoas. Porém, entre 2011 e 2013 consta apenas o seu rendimento do Senado em sua declaração de imposto de renda. O documento da PF mostra um “montante expressivo” de empréstimos contraídos pelo parlamentar junto à TV Gazeta de Alagoas que ajudam a esclarecer o aumento de seu patrimônio. No entanto “há indícios de empréstimos fictícios”, dizem os peritos, que também consideram “desproporcional” o valor milionário dos empréstimos contraídos por alguém que detém apenas 12,28% da TV.
Na última quinta-feira (19), outro laudo da PF apontou que parte da frota de carros de luxo do senador foi paga com dinheiro com indícios de propina, repassado pelo doleiro Alberto Youssef.
A assessoria do senador informou que “todos os gastos e despesas realizados pelo Senador Fernando Collor – inclusive aqueles realizados com cartões de crédito – são categoricamente compatíveis com os recursos por ele recebidos nos anos de 2011 a 2013”. A nota também ressalta que os empréstimos contraídos com a TV Gazeta “são absolutamente verdadeiros”, e argumenta que o laudo da PF não é isento nem objetivo. “Os peritos teceram livremente conjecturas de natureza subjetiva, amparadas em não mais que presunções, o que rigorosamente não têm lugar em laudo que pretenda ser minimamente técnico e que faça jus ao nome”, diz a assessoria.
Leia a reportagem completa no jornal O Estado de São Paulo
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