Candidato ao Senado pelo PRTB de Alagoas, o ex-presidente Fernando Collor de Mello declarou ao Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-AL) um patrimônio nada modesto: R$ 4,75 milhões. Entre os 71 itens listados em sua relação de bens há carros de luxo, imóveis em várias partes do país e diversas ações. As informações estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O bem mais valioso da prestação de contas de Collor são as 1.350 quotas que possui do capital social da empresa Água Branca Participações Ltda., avaliadas em R$ 1,35 milhão – quase um quarto de todo o patrimônio.
O ex-presidente declarou ter porcentagens de terrenos em áreas nobres de Brasília, em Alagoas, no Rio de Janeiro, além de um apartamento de R$ 800 mil financiado na Rua dos Ingleses, em São Paulo – do qual R$ 265 mil já foram pagos. O ex-presidente declarou possuir também cotas no Grupo Gazeta de Comunicação que somam mais de R$ 300 mil.
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O gosto por carros é perceptível na prestação de contas do ex-presidente – são cinco no total. O mais caro é um BMW 745, ano 2002, avaliado em R$ 360 mil. Outro valioso possante é uma Mercedes Bens, também 2002, no valor de R$ 200 mil. Collor declarou ter ainda dois Toyota, ano 2005, que somam R$ 260 mil e um Gol Rally, ano 2005, de R$ 27 mil.
Outro bem que ainda figura na lista é o jet-ski com que o ex-presidente costumava desfilar nas águas do Lago Paranoá, em Brasília, quando ainda era o mandatário do Planalto. Collor declarou também uma lancha. Os dois somam R$ 48,5 mil.
Em 2002, o ex-presidente declarou patrimônio de R$ 3,8 milhões e uma dívida de R$ 20,95 milhões.
Ao TRE-AL, Collor informou que pretende gastar R$ 1 milhão na campanha. Primeiro presidente a sofrer impeachment no Brasil, em 1992, ele perdeu os direitos políticos por oito anos.
Em 2000, tentou concorrer à prefeitura de São Paulo, mas teve a candidatura impugnada. Na última quarta-feira, registrou-se na corrida ao Senado e surpreendeu ao declarar apoio ao presidente Lula – que derrotou na campanha de 1989. (Diego Moraes)