Uma delas alega que a decisão monocrática do parlamentar, que ontem (segunda, 9) anulou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, causou constrangimento até internacional ao Congresso Nacional. Outra justificativa regimental aponta que a anulação da sessão do impeachment, decidida por Maranhão 20 dias depois de realizada, e a revogação desta decisão no início da madrugada deste terça-feira (10), demonstra que Maranhão não tem condições políticas e até funcionais de ficar na Presidência da Câmara.
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O grupo de deputados que trabalharam pelo impeachment e fará parte do principal agrupamento parlamentar de apoio ao governo Michel Temer tenta encontrar um candidato à Presidência da Casa. O candidato deve ter ascendência sobre o colegiado e credibilidade junto aos pares.
O temor do grupo é que Maranhão não tenha condições funcionais de coordenar as votações de projetos, medidas provisórias e emendas constitucionais complexas, deliberações que vão precisar de um deputado com profundo conhecimento do regimento interno. Além disso, o grupo de Temer espera uma oposição dura a ser feita por PT, PCdoB e PSol em plenário, e que pode atrapalhar o andamento das votações de medidas urgentes e de interesse do futuro governo.
Maranhão já foi informado do movimento para demovê-lo e pediu prazo para tomar uma decisão, que garante anunciar até amanhã (quarta, 11). O PP, partido do deputado, também pressiona o primeiro-vice da Casa para que renuncie, para que novas eleições sejam realizadas e, assim, defina-se o novo presidente da Câmara.
Maranhão não tem condições políticas de dirigir a Câmara. Não tem sequer o apoio do colégio de líderes responsável pela definição da pauta de votações.
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