A primeira pesquisa eleitoral feita com a lista oficial de candidatos à Presidência indica queda na diferença entre o presidente Lula e o candidato tucano Geraldo Alckmin. Apesar disso, o petista ainda seria reeleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje, segundo levantamento CNT/Sensus divulgado nesta terça-feira. Na pesquisa estimulada, em que são apresentados os nomes dos candidatos que disputarão as eleições presidenciais de outubro, Lula tem 44,1% das intenções de voto, contra 27,2% do candidato do PSDB.
No levantamento anterior, realizado em maio, Lula aparecia com 42,7% das intenções de voto, contra 20,3% de Alckmin. Em maio, a vantagem do petista era de 22,4 pontos percentuais, caindo para 16,9 pontos na nova pesquisa. O presidente, porém, ainda bate o tucano com 55,1% dos votos válidos, o suficiente para vencer as eleições no primeiro turno.
Na simulação do primeiro turno, a senadora Heloísa Helena (Psol) obteve 5,4% dos votos, Cristovam Buarque (PDT), 1,4% e Ana Maria Rangel, (PRP) 1,2%. Os candidatos José Maria Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO) e Luciano Bivar (PSL) alcançaram cada um 0,3%. Votos brancos, nulos e indecisos somam 20%. O levantamento entrevistou 2 mil pessoas entre os dias 4 e 6 de julho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
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No levantamento anterior da CNT, os nomes de outros pré-candidatos foram incluídos e, por causa disso, não é possível comparar a lista de maio com o resultado atual. Na pesquisa espontânea, em que os entrevistados respondem em quem votariam sem que o pesquisador ofereça uma lista de possíveis candidatos, Lula aparece agora com 33,5% das intenções de voto, contra 12,6% do candidato do PSDB. Em maio, Lula tinha 28,2% contra 8,1% de Alckmin.
Cai rejeição a Alckmin
No segundo turno, o presidente permaneceu estável em relação à pesquisa de maio, com 48,6% de intenções de voto. Alckmin, por sua vez, passou de 31,3% em maio para 35,8% em julho. A pesquisa revela que o índice de rejeição a Alckmin caiu 4,8%. Entre os entrevistados, 35,8% dos consultados afirmaram que não votariam no tucano de forma alguma. Em maio, esse índice era de 40,6%. A rejeição a Lula, no entanto, permaneceu relativamente estável. Caiu de 34,7% para 32,4%.
A pesquisa CNT/Sensus mostrou que mais pessoas relacionam Lula a casos de corrupção. Em maio, 13,5% ligavam o petista aos escândalos, contra 18,2% agora. Apesar disso, o maior relacionado à corrupção passou a ser o Congresso, com 23% das citações, seguido pelo PT com 22,1%, Lula com 18,2% e o governo, com 11,3%.
Avaliação de Lula melhora
A avaliação positiva do presidente melhorou em julho, de acordo com a pesquisa. Em julho, 41% dos entrevistados declararam uma avaliação positiva do governo, contra 38,3% em maio. Esse dado, entretanto, está dentro da margem de erro, que é três pontos percentuais para cima ou para baixo. Para 38,5% dos entrevistados, a avaliação do governo é regular, contra 37,5% de maio. Na avaliação de 19,3% das pessoas ouvidas em julho, o governo Lula tem uma imagem negativa, contra 22,2% da última pesquisa.
O presidente tem o desempenho pessoal aprovado por 55,8% dos entrevistados, contra 53,9% de maio. A pesquisa mostra também que 37% desaprovam Lula, contra 37,8% da última pesquisa. 7,3% não sabem ou não souberam opinar.
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