Após receber as informações de todos os tribunais, o CNJ enviará os dados para a CNV. Pesquisadores da comissão também vão consultar os processos diretamente nos tribunais. De acordo com a diretora do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ, Janaina Penalva, os tribunais manifestaram interesse em colaborar com o acordo. “O acordo tem relevância por permitir a sistematização do acervo de todo o Judiciário referente ao período autoritário no Brasil, ação inédita até o momento”, disse Janaina.
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Ela destacou que o acoro é importante também por fazer um resgate da história da atuação do próprio Poder Judiciário no período e recuperar a história de milhares de pessoas que recorreram à Justiça para garantir seus direitos na época.
A Comissão Nacional da Verdade foi criada em 2012 e deve encerrar seus trabalhos em dezembro deste ano. Segundo a advogada Rosa Cardoso, integrante da comissão, o primeiro trimestre deste ano será marcado pelas audiências públicas. “Temos que fazer ainda algumas grandes audiências, que serão bastante pedagógicas para a sociedade e vão nos possibilitar fazer relatos bastante minuciosos,” disse Rosa à Agência Brasil. “No mês de março, teremos ainda várias atividades repensando o golpe de 64″, destacou.
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