A Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez hoje (24) críticas aos candidatos à Presidência da República. Segundo o presidente da CNI, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, os candidatos ainda não apresentaram suas propostas para a economia. Ele disse que a discussão na campanha está se limitando às denúncias de corrupção e a problemas éticos.
"Ficamos na discussão menor, tratando de escândalos, e o Congresso está parado por causa das medidas provisórias. Não podemos ficar só conversando de CPI, de prisões e operações da Polícia Federal. Onde está a verdadeira operação do crescimento econômico?", questionou Ferreira, durante a apresentação da agenda que aponta receitas para garantir o crescimento e colocar o Brasil no rumo do crescimento sustentado.
De acordo com a CNI, temas como redução do gasto público, medidas na área de tributação, infra-estrutura, financiamentos, relações do trabalho, desburocratização, inovação, educação, política comercial e de acesso aos mercados e o meio ambiente foram colocados como prioridades dos empresários nas últimas eleições, mas não foram seguidos pelo atual governo.
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"Nós vamos continuar insistindo. Temos obrigação de alertar e cobrar dos candidatos uma agenda para o crescimento. O Brasil precisa se debruçar sobre estes pontos se quiser reduzir a carga tributária, que é absurdamente alta, aumentar o número de empregos, que hoje está em nível incompatível com o tamanho do nosso país, e ainda reduzir as desigualdades sociais, que continuam. Não podemos esperar que (as mudanças) caiam do céu. Nada melhor do que o voto", afirmou o presidente da CNI.