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Na avaliação da pastoral, a organização do Mundial aprofundou as desigualdades urbanas e a degradação ambiental. O panfleto também critica a “exclusão de milhões de cidadãos ao direito à informação e à participação nos processos decisórios sobre as obras que foram realizadas para a Copa”.
Ao lado do “cartão vermelho”, a CNBB lista o que seria “o gol da vitória” para os brasileiros durante a Copa. Para que todos saiam vitoriosos, destaca o panfleto, é necessário que algumas exigências fundamentais sejam cumpridas, como a garantia de que a população de bairros populares e moradores de rua tenham direito de permanecer em suas localidades.
Entre as seis reivindicações, estão o respeito à legislação trabalhista e à proteção dos trabalhadores, a não perseguição de quem estiver trabalhando em espaço público, a adoção de medidas eficazes de combate ao trabalho escravo, ao tráfico humano e à exploração sexual, principalmente de crianças e adolescentes. A pastoral pede o fim da criminalização dos movimentos sociais e o respeito ao livre direito de manifestação durante o Mundial.
No texto, a Igreja Católica também assume compromissos, como “acompanhar torcedores e jogadores, nas suas demandas por momentos de espiritualidade e encontro com Deus, bem como ser presença orante durante toda a Copa”. A pastoral se compromete a fiscalizar a eventual retirada de pessoas que vivem nas ruas e sua posterior devolução após o megaevento esportivo.