Mário Coelho
O destino político dentro da Câmara Legislativa do radialista e segundo suplente de deputado Geraldo Naves (DEM) permanece uma incógnita entre os parlamentares. Em reunião da Mesa Diretora, os distritais não chegaram a um consenso se Naves pode ou não tomar posse definitivamente no lugar de Júnior Brunelli (PSC), que renunciou ao cargo para não enfrentar processo por quebra de decoro parlamentar. O radialista está preso desde 12 de fevereiro no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por conta da tentativa de suborno de uma testemunha do mensalão do governador José Roberto Arruda (sem partido).
Na sexta-feira (5), o terceiro secretário da Câmara, Raimundo Ribeiro (PSDB), visitou Naves na Papuda. Foi saber se ele pretende assumir o mandato. Após a publicação da vacância do cargo, ele tem 30 dias para se manifestar. Naves deu duas alternativas ao tucano. Na primeira, ele tomaria posse e depois voltaria para a sua cela. Ou, então, assumiria a vaga e ficaria preso sob custódia da Polícia Legislativa. A medida está prevista em lei. Porém, a Câmara não tem estrutura para abrigar o radialista preso.
As duas alternativas foram colocadas à Mesa hoje. Porém, o presidente em exercício da Câmara, Cabo Patrício (PT), recusa-se a dar posse. Mas, caso três membros da Mesa Diretora assinem o ato de posse, Geraldo Naves pode assumir o mandato definitivamente. “A Câmara não pode passar por mais um desgaste de dar posse a um deputado que está preso”, afirmou Patrício ao chegar à Câmara da reunião.
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