Thomaz Pires
Era para ser uma comemoração cívica embalada ao som dos tambores dos Dragões da Independência. Mas a Esplanada dos Ministérios acabou se transformando em campo de batalha neste sete de setembro. As claques dos candidatos ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC), que está com a candidatura barrada pela Justiça, e Agnelo Queiroz (PT) caíram no enfrentamento. Houve muita confusão. Uma pessoa ficou ferida e precisou ser atendida pelo Corpo de Bombeiros. A polícia jogou gás de pimenta para acabar com o tumulto.
A confusão começou logo após a apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Concentrados em frente à catedral de Brasília, os rorizistas faziam provocações contra um grupo de petistas. “Seu PM, coloca num camburão o doutor Agnelo, que esse é o ex-ministro mais ladrão do DF”. Os petistas correspondiam também à mesma altura. Não foi preciso muito tempo para os xingamentos e provocações passarem para agressões.
Um eleitor petista foi atingido em cheio e ficou desmaiado no chão até ser atendido pelos paramédicos. Ninguém foi detido após o quebra-quebra. Porém, a Polícia Militar interrogou alguns líderes das claques e pediu para que elas ocupassem locais diferentes. Os rorizistas preferiram então migrar para o Museu da República.
Para reforçar o clima de enfrentamento, um caminhão de som foi cedido pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) para iniciar um ato anti-roriz. Um grupo de manifestantes, com faixas de protesto, pedia a retirada imediata de Roriz da disputa eleitoral. “Roriz nunca mais. Vaza!”, era o que vinha escrito nas palavras de ordem do grupo, que se intitulava suprapartidário.
A Polícia Militar precisou reforçar o efetivo no momento das provocações microfonadas pelo carro de som. Embora não tenham feito discursos, os petistas ficaram em maioria. Mesmo com o clima tenso, a segurança conseguiu evitar novos confrontos na Esplanada entre os grupos dos candidatos ao governo do Distrito Federal.
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