O corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu hoje que os gastos com combustíveis não ultrapassem 30% da verba indenizatória de R$ 15 mil a que os parlamentares têm direito. Neste caso, a verba ficaria limitada a R$ 4,5 mil mensais. O corregedor, que é contra a incorporação da verba ao salário dos deputados – hoje de R$ 12,8 mil – disse que levará a proposta à reunião da Mesa Diretora, marcada para amanhã.
“É melhor limitar, sou contra, radicalmente, incorporar essa verba ao salário”, disse Ciro. “Se está tendo abuso, tem que acabar completamente com a verba, não incorporar ao salário. Se continuar com a verba, tem que limitar a 30%”, defendeu.
Na contramão do entendimento do corregedor, o deputado João Caldas (PP-AL), que também compõe a Mesa Diretora, defende que a verba seja incorporada ao salário, que seria limitado ao teto do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, essa proposta é a que tem mais consenso na Mesa.
“Vai ter um problema de espaço físico na Câmara porque (as notas fiscais de comprovação dos gastos) já virou um depósito de mofo e lixo. É uma montanha de papel que ninguém olha. Um exército de gente trabalhando para fiscalizar, mas ninguém fiscaliza nada. Se a Câmara fosse uma empresa, já estaria falida”, disse João Caldas.
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