Patrimônio declarado ao TSE: o deputado declarou não ter patrimônio.
Valor da receita declarada em 2006: R$ 732.491,52.
Principais doadores da campanha: Banco Itaú S.A., Ciro Nogueira Agropecuaria E Imoveis Ltda., Ciro Nogueira Comercio De Motocicletas Ltda., CMN – Construtora Meio Norte Ltda., Companhia Siderurgica Nacional, Diretório Nacional do PP, DRB Construtora Ltda., Fratelli Vita Bebidas S.A., Grande Moinho Cearense S.A., Panpheon Engenharia Ltda., Pará Automóveis Ltda., Shopping Do Automovel Ltda.,Sistema Meio Norte De Comunicação Ltda., Via Engenharia S.A.
Processos: O deputado responde aos Inquéritos 2191, por crime contra a ordem tributária e prevaricação, e 2613, por crimes eleitorais. O primeiro teve a denúncia negada pelo pleno da corte, e deve ser encaminhado ao arquivo.O parlamentar foi indiciado em outro inquérito, o de número 1864, também por crime contra a ordem tributária, arquivado em 2007.
Leia também
Quem é
A imagem do deputado Ciro Nogueira (PP-PI) na Câmara dos Deputados por muito tempo era de “filhote de Severino”. Isso se deve ao fato de o parlamentar ter aparecido para a grande mídia como apadrinhado do ex-presidente da Casa, que renunciou ao cargo por cobrar propina do dono de um restaurante no Congresso.
Apesar de considerar Severino um amigo, Ciro Nogueira nega que seja apadrinhado do pernambucano e foge das comparações sempre que pode. Quando questionado sobre sua ligação com o ex-deputado, o candidato à presidência diz que é de outra geração e se difere do ex-colega por suas idéias e por sua formação.
Em entrevista ao Congresso em Foco (leia aqui), Ciro afirma que esse tipo de comparação é feito para atingi-lo. “Mas isso tem dois lados. Se fosse verdade, se eu tivesse identidade muito próxima com ele, isso poderia me atingir frontalmente. Mas, como a Casa me conhece, sabe que sou de outra geração, tenho outra formação e idéias diferentes. Não estou falando que sou melhor do que ele”, afirmou.
A comparação com o ex-presidente da Casa não é a única que adversários e aliados fazem. Ciro é conhecido nos corredores da Câmara como “príncipe do baixo clero”, já que desfruta de popularidade entre os deputados de menor influência. Ele não nega, e, de acordo com pessoas próximas, até gosta do apelido.
Esse trânsito com o baixo clero deve-se muito pelo tempo que está na casa. Ciro, 40 anos, está no quarto mandato de deputado federal. Ele já foi segundo-vice-presidente, quando exerceu também a função de corregedor da Câmara no auge do escândalo do mensalão. Também integrou a Mesa Diretora entre 2001 e 2003, no cargo de quarto-secretário, sendo reconduzido no biênio seguinte.
Seu primeiro mandato eletivo foi justamente de deputado, quando conseguiu uma vaga na Câmara pelo Piauí com apenas 26 anos. Na época, era filiado ao PFL (hoje DEM), no qual permaneceu até 2004, quando se filiou ao PP. Nascido em 21 de novembro de 1968, Ciro é empresário e advogado, graduado pela PUC do Rio de Janeiro. Em 2006, Ciro encabeçou requerimento para que a Câmara aprovasse, em regime de urgência, aumento de mais de 90% no salário dos parlamentares, equiparando os vencimentos do Legislativo com os do Judiciário.