O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou nesta terça-feira (9) que vai renunciar ao mandato se ficar comprovado envolvimento dele em irregularidades na Petrobras e com o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), deflagrada para desbaratar esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. O parlamentar divulgou nota à imprensa e enviou carta ao juiz federalSergio Moro, em resposta à reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, um dos assessores do senador viajou a São Paulo com passagem paga pelo escritório do doleiro Alberto Youssef, também preso na Lava Jato. Nogueira disse que o servidor Mauro Soares viajou sem seu conhecimento e que foi exonerado do cargo no gabinete.
Em fax enviado ao juiz Sérgio Moro, que é responsável por processos decorrentes da Lava Jato, que desbaratou esquema de lavagem de dinheiro na Petrobras, Nogueira disse que recebeu com “perplexidade e indignação” as acusações que ligam seu nome ao caso. O mandato do pepista terminará em 2019.
“Renunciarei ao meu mandato se houver qualquer transação que beneficie a mim ou qualquer estrutura empresarial da qual seja sócio, cotista ou esteja de alguma forma, individual e diretamente, relacionado no contexto das investigações vigentes”, disse Nogueira. Ele também se comprometeu a renunciar ao mandato caso sejam encontrados registros financeiros, no Brasil ou no exterior, que sirvam como vínculo com as confissões feitas pelo ex-diretor da Petrobras e, ainda, se houver a revelação de áudio ou vídeo de conversas impróprias, do ponto de vista ético, entre ele, Paulo Roberto ou qualquer integrante do esquema.
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