Sônia Mossri |
A queda da taxa de juros é considerada uma das medidas essenciais para que haja crescimento econômico, uma das principais promessas de campanha do presidente Lula. Em 2003, Lula já teve que engolir um crescimento negativo de 0,2%, ou seja, o Produto Interno Bruto (PIB) regrediu. Quanto maior as taxas de juros, mais caro fica o crédito, linhas de financiamento para investimentos no setor produtivo, compra de bens e serviços pelo consumidor. O resultado é que a economia deixa de se expandir, aumentando o desemprego e reduzindo a produção. Em ano de eleições municipais, o governo não quer saber de recessão. Interlocutores do presidente Lula disseram ao Congresso em Foco que, por enquanto, a contragosto, o presidente Lula acredita e apóia a tese do ministro Palocci de que o país entrará em crescimento consolidado a partir de junho. Leia também O líder do PMDB na Câmara, José Borba (PR), afirma que o segundo semestre será mais positivo para a economia, o que acabará auxiliando os partidos governistas nas eleições municipais de outubro. Já o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), se mostra mais impaciente e reclama que é preciso que o país cresça. Ele garante, porém, que o ministro Palocci merece todo o apoio. O ex-líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (BA), é um duro crítico da política econômica. Ele considera que as elevadas taxas de juros impedem o crescimento, ao lado do alto superávit fiscal exigido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). “Ou se tem dinheiro para superávit ou para investimentos”, observou. |