O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara e candidato à presidência da Casa, voltou a afirmar hoje (24) que é possível vencer a disputa ainda no primeiro turno.
No entanto, o petista admitiu que a entrada do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) deverá tirar votos tanto dele como do outro candidato da base aliada do governo, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), atual presidente da Câmara. "Houve uma repaginação da disputa, mas continuo trabalhando para, se possível, ganhar no primeiro turno", afirmou.
Chinaglia concedeu uma entrevista coletiva na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, e revelou que, se for eleito, não defenderá o reajuste de 91% dos salários dos parlamentares. "Não há mínima hipótese de conceder tal reajuste", declarou à Agência Estado.
Para o líder do governo na Câmara, seria fundamental retomar as discussões com relação ao teto do funcionalismo público. O petista afirmou que se vencer a disputa do próximo dia 1°, levará a discussão aos líderes dos partidos e caberá ao Plenário a decisão.
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Chinaglia disse, entretanto, que antes de retomar a discussão do teto irá ouvir o presidente Lula e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie. "Se depender da minha opinião, o que vai acontecer, com relação a este assunto, é de um reajuste pela inflação."
O petista negou que pretenda patrocinar a anistia do ex-ministro José Dirceu (PT). "Como presidente não vou patrocinar a anistia de ninguém. Se alguém vai decidir essa anistia, que seja o Plenário", disse.
Sobre a divisão da base aliada do governo, devido a disputa entre ele e Aldo, Chinaglia diz não acreditar neste racha, pois "é mais otimista". "O ideal seria que tivesse havido um fórum da base aliada para escolher o candidato. Eu me submeteria a isso, como forma de demonstração de unidade entre os partidos", disse.
"Se isso não ocorrer, vamos para a disputa. Mas de qualquer forma, não acredito que um partido que apóie o governo irá contrariar o programa desse mesmo governo”, complementou.