O deputado Arlindo Chinaglia (SP), candidato do PT à presidência da Câmara, se reuniu hoje (8) com cerca de dez parlamentares que integram a sua campanha para avaliar a viabilidade do seu nome na disputa.
De acordo com o grupo, o apoio a Chinaglia tem crescido nos últimos dias. A equipe de Chinaglia já considera que hoje o petista tem mais votos do que o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), atual presidente da Casa que busca a reeleição.
Segundo a repórter Andreza Matais, da Folha Online, dos 53 parlamentares de Minas Gerais, 40 apoiariam Chinaglia. O grupo acredita que o PMDB deverá fechar com o petista na reunião prevista para amanhã.
A repórter também apurou que a avaliação da campanha de Chinaglia é de que os partidos irão se envolver na disputa. O que significa que as bancadas deverão seguir a orientação dos partidos.
Outra percepção do grupo do petista é de que vencerá a eleição quem tiver o apoio do governo. Conforme um interlocutor do grupo pró-Chinaglia, a decisão do presidente Lula de deixar a reforma ministerial para depois da eleição da Câmara reforça o poder do governo na disputa.
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Alternativos
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos coordenadores da campanha de Chinaglia, ironizou o encontro do grupo de parlamentares que busca um candidato alternativo à presidência da Câmara. O grupo, batizado de "Grupo dos 30", reuniu hoje 16 deputados de oito partidos na capital paulista.
"A reunião de hoje já mostrou que o grupo está diminuindo. Não eram 30? Daqui a pouco o grupo inteiro cabe num Fusca", disse Delgado.
O parlamentar também rebateu as críticas do grupo à candidatura de Chinaglia. "Já começou errado. Quem se propõe a fazer candidatura com ataques pessoais não vai muito longe. Dizer que Chinaglia é candidato dos sanguessugas… Não é por aí."
De acordo com o parlamentar mineiro, o grupo deveria esperar a carta que Chinaglia enviará para os deputados, pois o petista pode se comprometer com as propostas lançadas hoje. O grupo defende que o candidato alternativo se comprometa com a transparência da Câmara, atualização do regimento, limitação da edição de medidas provisórias, aprovação imediata do voto aberto e a prioridade à reforma política.