O PR promoveu, na quarta-feira (11), um jantar em homenagem ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ao discursar, o petista teria causado constrangimentos ao se referir ao envolvimento do PL – sigla que, ao unir-se ao Prona, deu origem ao Partido Republicano – com os escândalos do mensalão e dos sanguessugas.
Pelo menos dois envolvidos com o caso do mensalão estavam no jantar: Valdemar Costa Neto (PR-SP), que renunciou ao mandato em 2005 para escapar do processo de cassação, e Sandro Mabel (PR-GO), absolvido pelo Plenário da Câmara, em 2005.
Ainda de acordo com O Estado, Costa Neto, que é alvo de novo processo no Conselho de Ética da Câmara sobre o episódio, evitou aparecer em fotos ao lado do presidente da Câmara.
Antes do jantar, Chinaglia discursou agradecendo o apoio do PR, um de seus principais cabos eleitorais, nas eleições para a Mesa Diretora da Câmara. O presidente da Casa teria se referido explicitamente ao caso dos sanguessugas como um dos escândalos que mancharam a imagem da Câmara.
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"Ele colocou que alguns segmentos comentaram que ele estaria tendo apoio na eleição para presidência de deputados que estariam envolvidos em escândalos", contou o líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR). "Não me lembro de ter falado isso", disse Arlindo Chinaglia, que afirmou ter agradecido os votos que recebeu do PR.
Segundo o deputado José Rocha (PR-BA), o petista reconheceu, durante o jantar, que tem sido muito rígido na presidência da Câmara. "Posso até ter cometido alguns exageros, mas é importante resgatar a imagem da Câmara", disse Chinaglia, de acordo com relato de Rocha a O Estado de S. Paulo.
Dos 72 parlamentares apontados no relatório da CPI dos Sanguessugas, 18 eram do antigo PL. Destes, apenas dois – Wellington Fagundes (MT) e Wellington Roberto (PB) – foram reeleitos. (Carol Ferrare)
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