A Controladoria Geral da União (CGU) divulgou relatório que aponta interferência indevida da Secretaria de Comunicação de Governo (Secom) na licitação realizada em 2003 pelos Correios, da qual saiu vencedora a agência de publicidade SMP&B, do empresário Marcos Valério.
Órgão vinculado à Presidência da República, a CGU concluiu que a agência foi beneficiada pela redução do valor do patrimônio líquido exigido na licitação, de R$ 3 milhões para R$ 1,8 milhão. A medida, autorizada pela Secom, permitiu que a SMP&B se enquadrasse aos pré-requisitos do edital.
Conforme a auditoria da CGU, no contrato entre a empresa de publicidade e os Correios, foram pagos R$ 567,6 mil superfaturados ou com sobrepreço e mais R$ 2 milhões com serviços que a agência apenas intermediou, tais como ações de promoção, relações públicas e pesquisas de opinião. Os técnicos da Controladoria condenam essa prática.
Na época, a Secom tinha status de ministério e era chefiada por Luiz Gushiken, hoje coordenador do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
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