O ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou hoje (24) que o Norte e o Nordeste são “campeões em irregularidades” na administração de recursos federais. “Essas são regiões de maior atraso político e menor acesso à informação. Não é por acaso que há dificuldade de maior modernização da sociedade nesses locais”, afirmou Hage.
A declaração ocorreu durante o sorteio de 60 municípios e oito estados que serão investigados pela controladoria. O trabalho de fiscalização da CGU inclui a fiscalização de obras, a checagem de documentos e bens e entrevistas com moradores e agentes públicos. Segundo o ministro, os auditores do órgão já fiscalizaram a gestão de cerca de R$ 8 bilhões de recursos públicos até hoje.
Gautama
Ontem, a CGU declarou a construtora Gautama inidônea para contratar com a administração pública federal. A Gautama é apontada pela Polícia Federal, durante a Operação Navalha, como líder de um esquema de fraudes em licitações de obras. “A medida tomada pela CGU deve contribuir para desencorajar e inibir práticas semelhantes que certamente são adotadas por muitas outras empreiteiras”, afirmou Hage.
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De acordo com o site da controladoria, a decisão é resultado de processo administrativo aberto na própria CGU para examinar irregularidades atribuídas à empresa em suas relações com o governo.
Após analisar a defesa da empresa, Hage concluiu que “restam caracterizadas práticas de atos ilícitos que, além de ter por objetivo frustrar os princípios que regem as licitações e de evidenciar irregularidades cometidas na execução de contratos, atentam contra a necessária idoneidade da referida empresa para estabelecer relações contratuais com a Administração”. (Rodolfo Torres)
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