Num primeiro ato público enérgico da oposição, o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), defendeu nesta segunda-feira a abertura do processo de impeachment do presidente Lula por omissão dele durante a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Para Maia, o presidente pode ser investigado por, no mínimo, ter sido omisso ao cobrar respostas de integrantes do governo que tiveram participação do episódio.
“A um chefe de Estado, quando ocorre uma grave irregularidade na administração pública, cabe muito mais que demitir seu auxiliar e depois dar uma cobertura pessoal acariciando-o e beijando-o para que as câmeras dos fotógrafos registrem e os editores coloquem na primeira página dos jornais. Cabe abrir imediata e simultaneamente processo de investigação através da Procuradoria Geral em seu nome e por despacho seu. Não foi isso que Lula fez”, afirmou Maia.
“Desta forma seria um escândalo que o processo de impeachment de Lula não fosse aberto. Esse fato só comprova ter sido esta a mesma atitude tomada por Lula em tantos outros casos de escândalos dentro do governo e divulgados em 2005. Lula sempre soube de tudo. O impeachment é inevitável! Se é que as instituições da democracia brasileira estão funcionando”, acrescenta o prefeito à Agência Estado.
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Para Maia, a situação, agora, é inevitável. “De outra forma abrir-se-ão os caminhos para um retrocesso institucional no Brasil, que seria caracterizado pela hipocrisia presidencial e pelo grau de amizade e simpatia pessoais, do presidente com os parlamentares. Crime de responsabilidade é fato objetivo. Lula tem que ser impedido, enquanto é tempo”, afirma o prefeito.
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