Na manhã desta quinta feira (26), o “centrão” – bloco formado pelos partidos PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade – formalizaram apoio ao pré-candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB). O nome de quem vai compor a chapa com o ex-governador de São Paulo, porém, ainda não foi definido.
As negociações se intensificaram depois que o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar e filiado ao PR, negou o convite para compor a chapa com o tucano.
Em entrevista coletiva para anunciar a aliança, Alckmin relembrou a eleição de 2006, em que ficou em segundo lugar na disputa, e disse estar “muito mais amadurecido” para este ano.
Questionado sobre o nome do vice, o pré-candidato disse que “não tem pressa” em definir, porque a convenção do PSBD, na qual será lançada a sua chapa, acontecerá apenas em 4 de agosto e os partidos têm até essa data para fechar as negociações.
O tucano disse não ter preferência pelo vice que irá consolidar o acordo com o “centrão”. “Geralmente, o vice complementa a chapa, então certamente não será de São Paulo e será de outro partido”, declarou.
Dos cinco partidos que compõem o “centrão”, três tinham pré-candidatos à presidência: Rodrigo Maia, pelo DEM, Aldo Rebelo do Solidariedade e Flávio Rocha pelo PRB. Presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto disse que foram quatro meses de negociação até que o bloco finalmente definisse apoio à Alckmin e desistisse das candidaturas próprias.
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“Diversos dos partidos que compõem essa aliança tinham candidatos à presidência, mas fomos capazes de deixar de lado os interesses individuais”, disse ACM Neto.
Antes de dar a palavra aos líderes dos partidos presentes, o prefeito leu uma carta de Rodrigo Maia, que está em viagem ao exterior. Na carta, o presidente da Câmara anunciou a sua desistência de concorrer à Presidência da República e oficializou a candidatura a deputado federal pelo Rio de Janeiro.
No encontro, estavam presentes os líderes dos cinco partidos que compõe o Centrão: ACM Neto (DEM), Paulinho da Força (Solidariedade), Milton Monti (PR), Ciro Nogueira (PP) e Marcos Pereira (PRB).
O bloco ficou conhecido em 2016 por formar o grupo de apoio ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), hoje preso em Curitiba. Com apoio do grupo, Alckmin ganha mais tempo de televisão e a chapa do tucano pode passar dos 20 minutos de propaganda eleitoral.
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