Contra as reformas da Previdência e trabalhista, bem como o projeto de terceirização aprovado pela Câmara, entidades sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical e mais de 100 entidades pretendem realizar atos em todo o Brasil nesta sexta-feira (31). O “Dia Nacional de Mobilização”, como está sendo chamado, será apenas um “aquecimento” ao movimento marcado para o dia 28 de abril, quando programam paralisações e mobilizações em todo o país contra as reformas propostas pelo governo Temer.
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Nove entidades já garantiram parar diversas categorias no ato marcado para abril. Para elas, a terceirização, da forma como foi aprovada no Congresso, acaba com os direitos dos trabalhadores. Mesmo desagradando parte dos congressistas que participaram da sessão que aprovou a proposta de terceirização no dia 22 de março, o projeto de lei passou na casa com 231 votos a favor e 188 contra. Os deputados contrários avaliam que as mudanças geram insegurança ao trabalhador. A proposta tramitava no Congresso há 19 anos e, agora, aguarda sanção presidencial.
Em nota, a CUT chama o presidente Michel Temer de “golpista” e diz que o objetivo do movimento de amanhã (sexta-feira, 31) é desmontar pautas do Planalto que visam “tirar direitos da classe trabalhadora e privilegiar empresários”. Além disso, afirma que a terceirização “mutila e escraviza trabalhadores”.
Assim como ocorreu nos dias 8 e 15 de março, Dia Internacional das Mulheres e Dia Nacional de Paralisação, respectivamente, as centrais sindicais pretendem tomar as ruas de todo o país. Estão previstas ainda paralisações de diversas categorias, manifestações, trancamento de avenidas e rodovias, conforme promete as entidades.
Brasília
Em Brasília, a CUT, por meio das redes sociais, anuncia movimento de panfletagem com informações sobre as propostas trabalhista, Previdenciária e de terceirização, com intuito de mobilizar a sociedade para o ato do dia 28 de abril. As mobilizações estão previstas para ocorrer durante todo o dia, e serão realizadas nas regiões administrativas do DF, no Plano Piloto e também em regiões do entrono.
PublicidadeNo dia 15 de março, em protestos organizados pelas centrais sindicais, milhares de brasileiros foram às ruas contra a reforma da Previdência. A greve geral teve o apoio de trabalhadores da educação, do transporte, limpeza urbana, dentre outros.
Na ocasião, segundo a Polícia Militar, 10 mil pessoas participaram dos atos e ocuparam o Ministério da Fazenda e o gramado do Congresso Nacional. Parlamentares da oposição também participaram do protesto.Cerca de 450 mil alunos da rede pública de ensino do DF não tiveram aula devido à paralisação dos professores. Desta vez, já em greve, os professores do DF também devem aderir ao movimento e ir às ruas.