O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello acaba de votar contra a ação direta de inconstitucionalidade que tenta anular parte da Lei de Biossegurança para proibir as pesquisas com células-tronco embrionárias. "Essas células têm um potencial ilimitado e podem permitir o progresso humano na cura do diabetes, de doenças degenerativas variadas, e outras tantas gravíssimas patologias", disse o ministro ao proferir seu voto.
Com esse voto, as pesquisas científicas com células-tronco contam com o voto favorável de sete ministros. São eles: Carlos Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Cármen Lúcia, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio Mello e o próprio Celso de Mello.
Se nenhum dos ministros mudar o voto, e se nenhum deles pedir vista do processo, com esse placar as pesquisas com células-tronco voltam a ser permitidas.
Já os ministros Eros Grau, Menezes Direito e Ricardo Lewandowski impuseram ressalvas para que as células-tronco sejam utilizadas para fins científicos.
A ação direta de inconstitucionalidade foi proposta pela Procuradoria Geral da República. A Lei de Biossegurança, que está em vigor, prevê a pesquisa com células-tronco de embriões considerados “inviáveis” e que estejam congelados há, pelo menos, três anos.
Em 5 de março, o julgamento foi iniciado com a leitura do relatório de Carlos Britto, a favor dos estudos. Ele foi seguido pela ministra Ellen Gracie. O julgamento foi suspenso à época porque Menezes Direito pediu vista do processo. (Rodolfo Torres)
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