A CPI dos Bingos ouviu há pouco o subprocurador da República Moacir Guimarães Morais Filho. Ele disse ter estranhado que nem a União nem a Caixa Econômica Federal tenham recorrido das liminares que causaram prejuízos aos cofres públicos em favor da multinacional Gtech. O prejuízo do negócio teria chegado, segundo ele, a R$ 235 milhões.
Ele foi designado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para acompanhar as ações judiciais que a Caixa protocolou contra a Gtech, empresa encarregada de administrar as loterias da instituição.
Morais Filho foi o autor do agravo regimental que questionou decisão do STJ de manter o contrato da Gtech com a Caixa. A decisão que suspendeu o contrato foi tomada pelo colegiado do Supremo e foi unânime.
O sub-procurador geral disse que a decisão de suspender o contrato "deu à Caixa a possibilidade de restaurar o edital de licitação". Segundo ele, o monopólio da Gtech representava "uma camisa de força" para a Caixa.
A base governista vai apresentar um requerimento para que seja ouvida a juíza aposentada Marisa Giudice, da 17ª Vara. No ano passado, a CPI, por unanimidade, aprovou a convocação e a quebra do sigilo bancário da juíza, negadas pelo Supremo Tribunal Federal.
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A juíza concedeu 17 liminares em favor da Gtech, contrárias aos interesses da Caixa, que queria abrir novas licitações para quebrar o monopólio da multinacional na área de informática.
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