Após sessão de mais de 14 horas ontem (12), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) retomou, na manhã desta quinta-feira (13), o debate sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). A sessão começou pouco depois das 9h da manhã.
Para tentar salvar Temer, a Executiva do PMDB se reuniu na manhã de ontem e decidiu fechar questão para votar contra a denúncia. O presidente da legenda, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que os dissidentes serão punidos. Um dos principais aliados do governo, o PSDB ameaça desembarque há pelo menos um mês. Agora, dos 7 tucanos na comissão, especula-se que apenas um vai votar para rejeitar a denúncia. Quatro partidos já declararam apoio ao presidente peemedebista denunciado por corrupção passiva junto com o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
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Tentando evitar um placar que permita que a denúncia vá a plenário, os partidos da base já fizeram 11 substituições de seus membros titulares. Na segunda-feira (10), antes mesmo da leitura do parecer de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), as substituições já causaram polêmica. O deputado Delgado Waldir (PR-GO) acusou, aos gritos, o governo de “comprar” sua vaga na CCJ. Ele recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter sua substituição, mas a presidente da Corte negou o pedido.
A lista de inscritos para falar é longa. Para usar a palavra a favor da aceitação da denúncia, ainda há 32 deputados inscritos. Contudo, o colegiado tem um limite de 20 não-membros para falar na sessão, o que deve excluir uma dúzia de deputados dessa lista.
A estimativa da base governista é de que os debates se encerrem no meio da tarde e a denúncia possa ser votada por volta das 16h. “Vamos votar no meio da tarde, e cumprir nosso papel aqui na CCJ”, afirmou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos mais fiéis aliados de Temer na Câmara.
PublicidadeRodrigo Maia: “É uma denúncia contra o presidente da República. É grave”