A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou a discussão do recurso do deputado Wanderval Santos (PL-SP), pedindo a anulação do parecer do Conselho de Ética que solicita a cassação do deputado. A CCJ interrompeu os trabalhos por conta da sessão plenária da Câmara, e marcou novo debate sobre o recurso só deve ser retomado na próxima terça-feira (21). O conselho aguarda somente a decisão da CCJ para colocar o parecer do caso de Wanderval em votação.
Os deputados que integram o Conselho de Ética pediram a cassação do deputado paulista, entre outros motivos, porque ele assumiu ter terceirizado seu mandato para o ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-SP). Wanderval sustenta, no recurso, que o argumento foge a acusação inicial que motivou a abertura do processo – a de que ele teria se beneficiado com recursos do “valerioduto”.
Mas a relatora, Denise Frossard (PPS-RJ), não acatou a argumentação e recomendou a rejeição do recurso. O deputado Inaldo Leitão (PL-PB) não concordou com a opinião da parlamentar e encaminhou voto em separado, que deve ser discutido na próxima reunião.
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Wanderval foi acusado de receber recursos do mensalão depois de confirmado que seu motorista esteve na agência do Banco Rural em Brasília para sacar dinheiro das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do mensalão. O deputado explicou, no entanto, que autorizava seus funcionários a trabalhar para o ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ) e, no dia do saque, o motorista estava a serviço de Rodrigues.