Eduardo Militão, enviado especial*
Fortaleza (CE) – O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, afirmou que o evento deverá ser custeado prioritariamente pela iniciativa privada. “O modelo de organização da Fifa é um modelo de organização o mais privado possível”, disse ele, na manhã desta sexta-feira (6), durante o 4º Congresso dos Delegados da Polícia Federal, em Fortaleza.
Teixeira disse que o comitê organizador não receberá “um único centavo” do governo nem indicará fornecedores para executar serviços à administração pública.
Em contrapartida, a Fifa exige isenções de impostos, como mostrou o Congresso em Foco. Por conta dos valores da renúncia fiscal, técnicos da Receita e do Ministério do Esporte estão em conflito para decidir em que termos as exigências serão atendidas.
O presidente CBF destacou os benefícios que a Copa do Mundo trará à economia e ao turismo no país. Teixeira citou estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) segundo o qual o Brasil receberá R$ 155 bilhões devido à realização dos jogos.
Entre 2009 e 2014, serão criados 18 milhões de empregos. O número de turistas aumentará 20% em 2014, segundo a FGV.
A imagem do Brasil também sairá fortalecida, disse Teixeira. A Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, teve 26 bilhões de espectadores, em valores acumulados. Nas Olimpíadas de Pequim, na China, em 2008, foram 6 bilhões de espectadores.
*O repórter viajou a convite do 4º Congresso dos Delegados da Polícia Federal.
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