O caso Schin será investigado pelo Conselho de Ética do Senado. No final da tarde de hoje (7), a Mesa Diretora decidiu, por cinco votos a dois, que a representação do Psol contra Renan Calheiros (PMDB-AL) seja analisada pelos senadores. A informação é do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
A decisão da Mesa foi tomada enquanto Renan se defendia das acusações em plenário.
De acordo com a denúncia do Psol, o presidente do Senado e seu irmão, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), fizeram negócios suspeitos com a cervejaria Schinchariol. Uma fábrica de refrigerantes de Olavo foi vendida à Schin acima de seu valor de mercado e, depois disso, Renan defendeu a cervejaria em imbróglios no INSS e na Receita Federal, conforme destacado pelo Psol no documento.
A decisão da Mesa foi contra parecer da Advocacia-geral do Senado.
O senador Tião Viana (PT-AC), vice-presidente da Mesa, votou a favor do parecer e contra o envio da representação ao Conselho de Ética. Segundo ele, antes de aceitar a representação contra Renan, a Câmara deveria abrir uma investigação para apurar as denúncias contra Olavo Calheiros. Tião Viana, no entanto, disse ser a favor da apuração das denúncias de que Renan seria sócio de empresas de comunicação, mas que elas não estão declaradas entre seus bens.
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Quebra de sigilo
Também na tarde de hoje (7), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos fiscais e bancários do senador Renan Calheiros, que farão parte das investigações abertas ontem a pedido do Ministério Público. (Rodolfo Torrres))
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