O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) marcou para hoje (2), às 16h, uma sessão para definir o que fazer para averiguar se as denúncias publicadas neste sábado pela revista Veja contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) são verdadeiras.
De acordo com a reportagem, Roriz teria usado parte dos R$ 2,2 milhões do cheque de Nenê Constantino, descontado no Banco de Brasília (BRB), para pagar dois juízes do Tribunal Regional Eleitoral e evitar uma condenação.
Em outubro do ano passado Roriz foi acusado de usar o site da Companhia de Água e Esgoto de Brasília (Caesb) para divulgar seu número nas eleições para o Senado.
Pouco antes das eleições o número de telefone para atendimento à população da Caesb, que era o 151, passou a ser o 115. Ao abrir o site da companhia, o usuário se deparava com uma animação que destacava o "151", número usado por Roriz durante a campanha ao Senado.
Por causa da animação o PCdoB, partido do principal adversário de Roriz nas eleições, entrou com ação no TRE.
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De acordo com a reportagem da Veja o placar inicial do julgamento da ação estava em 3 a 2 contra Roriz, mas um juiz pediu vistas, e quando a sessão foi retomada dias depois, votou a favor de Roriz. Antes que o presidente do tribunal desse o voto de Minerva um dos juizes que havia votado contra o agora senador mudou de idéia, fechando o placar do julgamento em 4 a 2 a favor de Roriz.
Conforme explicou ao Congresso em Foco o relator da ação, juiz Roberval Casemiro Belinati, na verdade o placar inicial estava 3 a 2 a favor de Roriz, pois em seu parecer ele havia acatado a defesa do senador de que a animação era apenas uma maneira de divulgar o novo número para atendimento da Caesb.
Após pedir vistas ao processo, o juiz Romes Gonçalves Ribeiro votou contra Roriz, empatando o placar, mas antes do voto do presidente, desembargador Otávio Augusto Barbosa, um dos juízes que havia votado contra o parecer, resolveu mudar seu voto, fechando o placar em 4 a 2 a favor de Roriz.
O advogado do PCdoB recorreu da decisão do TRE e entrou com um agravo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março passado. O agravo ainda não foi julgado pelo TSE.
Na denúncia Veja afirma que "a virada no placar teria custado pelo menos R$ 1,2 milhão". E é justamente isso que o TRE-DF quer investigar. (Soraia Costa e Eduardo Militão)
Atualizada às 19h.
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