A Polícia Federal ainda não recebeu toda a documentação solicitada para fazer as investigações contra o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros. O prazo para a realização da perícia começou a contar no dia 25, quando a polícia recebeu o primeiro lote de documentos solicitados. O segundo lote, no entanto, acabou não sendo entregue.
Os peritos, que agora têm 18 dias para entregar o resultado da análise, reclamam que ainda estão faltando as notas fiscais e os registros de compra e venda do gado de Renan, que deveriam ter sido enviados pela Secretaria Estadual de Fazenda de Alagoas, além de informações técnicas sobre as propriedades rurais do senador, solicitadas à Superintendência do Ministério da Agricultura, também em Alagoas.
A demora na entrega da documentação complementar, avisam os peritos, pode comprometer a “qualidade ou o prazo” da perícia solicitada pelo Conselho de Ética do Senado por intermédio da Mesa Diretora e do Ministério da Justiça. Mesmo com a demora, no entanto, a PF diz que dará prioridade ao cumprimento do prazo estipulado pelos parlamentares. Para isso eles consideram, inclusive, a possibilidade de deixar algumas das 30 perguntas (leia mais) elaboradas pelo Conselho de Ética sem resposta.
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Caso o atraso continue, assim como haviam feito na perícia inicial realizada pela PF na documentação de Renan Calheiros, os especialistas do Instituto Nacional de Criminalística citarão, no relatório final, a dificuldade encontrada e explicarão que não houve tempo suficiente para concluir as investigações por causa do atraso na entrega dos documentos requisitados. (Soraia Costa)