O caseiro Francenildo dos Santos Costa deve prestar novo depoimento ainda esta semana ao delegado Rodrigo Carneiro Gomes, da Polícia Federal. Ele teve seu sigilo bancário quebrado após afirmar que o então ministro Antonio Palocci (Fazenda) freqüentava uma mansão alugada em Brasília por ex-assessores de Ribeirão Preto. A casa seria usada para encontro com lobistas e festas com garotas de programa.
A investigação contra Francenildo foi iniciada após a constatação de que ele recebera R$ 25 mil em uma conta poupança que mantém na Caixa Econômica Federal. Membros do governo e do PT levantaram a suspeita de que o caseiro teria sido pago para acusar Palocci.
Francenildo, porém, alegou que recebeu o dinheiro do pai biológico, o empresário piauiense Eurípedes Soares. O caseiro prestou seu primeiro depoimento na PF em 23 de março, na condição de pessoa investigada sob suspeita de prática de lavagem de dinheiro.
O delegado Gomes tem até 15 de junho para concluir o inquérito, que investiga também a origem dos R$ 25 mil depositados na conta de Francenildo.