Um dos relatores da representação do Psol contra Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Renato Casagrande (PSB-ES) afirmou ontem que as suspeitas de envolvimento da família Calheiros com a Schincariol devem ser investigadas pela Câmara, e não pelo Senado.
"A Schincariol não faz parte, nesse momento, do processo. A Câmara, se quiser, é que deveria abrir investigação", disse. Para Casagrande, apesar de envolver Renan, a denúncia é contra o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do presidente do Senado.
Segundo reportagem da revista Veja, Olavo vendeu à Schincariol por R$27 milhões uma fábrica de tubaína falida que mal valia R$ 10 milhões. A partir da transação, Renan teria se articulado para evitar a cobrança de uma dívida milionária da Schin com a Receita Federal.
O Psol pediu na segunda-feira que a denúncia fosse incluída no processo que investiga suspeitas de que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, tenha pago a pensão da filha de Renan com a jornalista Mônica Veloso. Membro da comissão de relatores, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) descartou a possibilidade. O Psol estuda agora apresentar uma nova representação contra Renan. (Carol Ferrare)