Por meio da ministra Cármen Lúcia, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou na segunda-feira (26) que o tenente-coronel Mauro Cid e o tenente-coronel Jean Lawand Jr. permaneçam em silêncio quando estiverem em audiências na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.
Lawand foi convocado por requerimento da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), após a imprensa revelar mensagens trocadas entre ele e Mauro Cid, que era ajudante direto de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. O militar será ouvido na terça-feira (27) pelo colegiado da CPMI. Já Mauro Cid ainda não tem data para depor.
Jean Lawand Júnior mandou mensagens a Mauro Cid com o intuito de persuadi-lo a convencer o ex-presidente Jair Bolsonaro a dar ignição a um plano de golpe de Estado no dia 8 de janeiro. Lawand é coronel de artilharia do Exército e frequentou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, a mesma em que o ex-presidente Jair Bolsonaro se graduou.
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Cid é investigado no inquérito que verifica a possibilidade de falsificação dos dados no cartão vacinal do ex-presidente da República. Está preso desde maio.
Cármen Lúcia estipulou que ambos estejam presentes nas sessões da CPMI, porém, concedeu a ambos o direito de comparecerem acompanhados de advogados e os autorizou a permanecerem calados para não produzirem provas contra si mesmos.