Dos 1.023 vôos previstos para hoje (24), 106 foram cancelados e outros 424 tiveram atrasos de mais de uma hora, segundo o último boletim da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro, foram os campeões de vôos fora do horário.
Apesar do problema continuar, o tumulto diminuiu bastante nos aeroportos. Segundo a Anac, a situação nos aeroportos do Sul, Norte e Nordeste já foi normalizada.
A TAM, apontada como principal responsável pelo início da crise dos vôos na última quarta-feira (20), está operando com equipe e aviões extras, além de ter suspendido a venda de passagens até amanhã (25). Algumas aeronaves foram fretadas de empresas concorrentes, como a Gol, outras foram emprestadas pela Força Aérea Brasileira.
Até a Varig está fazendo vôos extras para transportar o excedente da TAM. Os vôos estão saindo do Rio de Janeiro (RJ) rumo a Porto Alegre (RS), e de São Paulo (SP) para Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Ilhéus (BA).
Sucatão voa vazio
Os cinco aviões emprestados pela FAB e conhecidos como "sucatões" têm 72 lugares, mas decolaram com no máximo 30 passageiros a bordo.
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A TAM avisou que irá ressarcir os passageiros transportados pela FAB, mas que não reembolsará quem tiver sido transferido para vôos de outras companhias.
O portal de notícias G1 divulgou imagens do Sucatão, mostrando a má conservação dos aviões, que estão, inclusive, com as poltronas rasgadas.
Para evitar confusões, a segurança no aeroporto de Brasília foi reforçada.
TAM nega sub-aproveitamento
A empresa aérea TAM negou, em nota, que os aviões oferecidos pela Força Aérea Brasileira tenham sido mal aproveitados. De acordo com a companhia, “a ocupação dessas aeronaves foi integral a partir de seus aeroportos de origem (Galeão e Brasília) e nem sempre há passageiros de retorno mesmo em dias normais”.
A empresa fez questão de ressaltar que está operando com equipe reforçada nos principais aeroportos do país e que está acatando a ordem de não vender passagens até amanhã (25).
A FAB colocou os cinco aviões à disposição das companhias para minimizar os transtornos causados pelos atrasos. No entanto, alguns aviões estavam decolando com menos da metade dos passageiros de que suportaria.
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