Mas eles não estão sozinhos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 17,3% dos candidatos a prefeito nas 26 capitais estaduais têm entre 30 e 39 anos, praticamente o dobro daqueles que estão na faixa entre 60 e 69 anos (9,4%). A maioria deles, porém, tem entre 40 e 59 anos (67,5% dos candidatos).
Leia também
Os mais jovens garantem que idade não é documento. Mariana Carvalho, que só completa 26 anos no final de novembro, disse ao Congresso em Foco que está preparada para o desafio e que amealhou experiência em dez anos de atuação partidária. A participação em eleições anteriores, lembra a tucana, explica em parte por que ela está em segundo lugar nas intenções de voto.
“Discordo de acharem que eu não tenho preparo, porque eu me sinto preparada. A determinação não está na idade, mas na vontade de fazer as coisas acontecerem, em acreditar que é possível”, discursou Mariana. Segundo ela, seus “grandes exemplos” veteranos são o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). “Eles mesmos acreditam e apostam muito nesta renovação política.”
Estilo
Vereadora licenciada, médica e bacharel em Direito, Mariana acredita que a decepção com a velha política a credencia ainda mais à vitória nas urnas. “A gente vive um momento político em que as pessoas estão muito decepcionadas com a política. E, principalmente, com os políticos. A gente vê corrupção em todo lado. Então, tudo o que é novo é bem visto pela população”, declara a candidata, que é filha do ex-vice-governador e ex-deputado federal Aparício Carvalho.
Mariana garante que não fica incomodada em ser vista com uma candidata bonita – morena de cabelos longos e lisos e olhos castanhos, ela lidera enquetes sobre as mais belas candidatas do país, como a promovida pelo portal UOL. Até o início deste sábado, são mais de três mil votos de vantagem de Mariana sobre a segunda colocada, Brunna Remor (PSD), candidata a vereadora em Florianópolis (SC).
“Mas eu gostaria que as pessoas me vissem não pela beleza, e sim pela competência. E eu procuro não mudar meu jeito, meu estilo, meu modo de agir. O candidato não pode ser uma pessoa por três meses, tem de ser o que ele é no dia a dia, no seu passado, na sua vida”, completou, filosofando ao criticar os pleiteantes que, em época de eleições, exageram e tentam passar uma imagem que não condiz com a realidade. “É muito fácil, em três meses, colocar uma pessoa par ser simpática. Tem pessoas que se transformam em período eleitoral. Eu não. Eu não sou a Mariana que sou porque sou política; eu sou política porque eu já sou esta Mariana. Entendeu? Entrei na política pelo meu jeito.”
Continue a ler esta reportagem:
Manuela: renovação tem de ir além da idade