Reunião do Campo Majoritário do PT, encerrada ontem (4) em São Roque (SP), acentuou a divisão interna do partido, além de deixar claro que poucos integrantes da legenda estão interessados em alterar rumos e debater a fundo as crises recentes da sigla.
Em um debate fechado, o presidente do PT paulista, Paulo Frateschi, reclamou do “preconceito” que a banda paulista do partido está recebendo desde a vitória do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara. Como mostrou o Congresso em Foco (leia mais), a tendência do novo presidente da Casa Legislativa poderá ser fortalecer a frente paulista no cenário nacional.
Frateschi também afirmou que o partido não precisa da “refundação” proposta pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro (leia mais). O pronunciamento de Frateschi causou constrangimento nos presentes, dentre eles, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. “Essa questão de paulistização do PT é uma grande bobagem. Somos um partido nacional”. Garcia ainda disse que a disputa com Tarso “é factóide da imprensa”.
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O texto final do encontro, a ser concluído nesta semana, não prega grandes mudanças. O texto diz que é preciso aprofundar discussões para o 3º Congresso Nacional do PT, que será realizado entre 6 e 8 de julho, além de defender o governo Lula. (Renaro Cardozo)
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