Estudo do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) mostra que, apesar de a Justiça ter obrigado as Câmaras Municipais a cortar 8.445 vereadores no país em 2005, as despesas com Legislativos municipais cresceram 7,58% em relação a 2004.
De acordo com o repórter Wilson Tosta, do Estado de S. Paulo, em relação ao total de despesas das prefeituras, o gasto com as Câmaras Municipais subiu de 3,38% para 3,56%. "Os limites legais de gastos continuaram os mesmos", afirmou o economista e geógrafo François Bremaeker, que coordenou o estudo. "Por isso, o que foi economizado de um lado foi gasto em outro", explicou.
Segundo a reportagem, isso aconteceu em todo país. "Atingiu cidades do Norte, como Santana do Araguaia (PA), cujo Legislativo municipal perdeu 3 das 11 vagas, mas gastou 41,76% a mais, passando de R$ 476.123 a R$ 674.934. Chegou a municípios do Nordeste, como Formosa do Rio Preto (BA), que teve redução idêntica em sua Câmara, mas aumento de despesas de 45,52%. No Centro-Oeste, a situação é semelhante em Barra do Garças (MT), que enxugou a Câmara de 15 para 10 vereadores, porém viu seus gastos aumentarem 75,6%, de R$ 1,1 milhão para R$ 1,9 milhão", diz o jornal.