Mário Coelho
Mesmo com a pauta obstruída, os deputados rejeitaram nesta quinta-feira (26) a prorrogação da CPI da Energia Elétrica. O pedido, solicitando dez dias para terminar o relatório final, foi feito pelo presidente da comissão, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Com a decisão do plenário, a CPI agora deverá apresentar suas conclusões e encerrar seus trabalhos.
“Esse prazo é necessário porque a Aneel nos pediu prorrogações de prazo, e apenas ontem foram entregues informações importantes para o relatório”, disse o presidente da CPI. Na tentativa de acordo, o prazo de dez dias foi reduzido para cinco. E com a promessa de não haver mais reuniões do colegiado. Mesmo assim, PT, PSDB, DEM e PPS continuaram com a postura contrária à prorrogação.
O líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP), lembrou que a CPI já foi prorrogada por 30 dias. O argumento usado, na época, foi o mesmo: a elaboração do relatório, sem quebra de sigilos bancários. Porém, lembra o petista, novas oitivas ocorreram. “Eu considerei que houve quebra de acordo, porque dois ou três dias após a prorrogação houve uma quebra de sigilo e mais reuniões”, disse.
A discussão sobre o requerimento levou DEM e PSDB a anunciarem obstrução. “Já foram 60, 120, 150 dias, e como a CPI não tem horário fixo, pode se reunir no fim de semana, é possível votar até segunda-feira”, disse o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). A discussão ocupou boa parte da sessão. Pela falta de consenso, os acordos internacionais previstos na pauta não foram votados.