Uma possibilidade cogitada para o “dress code” (código de vestimenta) na Câmara é incorporar o padrão usado no Poder Judiciário. Para assistir às sessões de julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), por exemplo, as mulheres precisam usar vestidos de manga, tailleurs (conjunto de saia e paletó) ou ternos (calça e blazer de manga comprida) femininos.
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“Temos que diminuir os excessos. Eu acho que temos que adotar uma certa liturgia dentro da casa, um respeito”, afirmou Mansur. “Eu estou aqui no quinto mandato e, às vezes, você vê excessos de pessoas muitas vezes com vestimenta fora do padrão no plenário da Casa”, afirmou Mansur. “Tenho 64 ano e nada me choca mais. A gente percebe que existe um padrão no Judiciário e não segue esse padrão aqui. São pequenos detalhes que podem se ajustar”, acrescentou.
Em agosto, a deputada Cristiane Brasil – filha do ex-presidente do PTB Roberto Jefferson, condenado no julgamento do mensalão –, apresentou uma proposta à Mesa Diretora tentando determinar regras para vestimentas tanto para homens, quanto para mulheres. Segundo ela, as roupas devem preservar “o decoro, o respeito e a austeridade do Poder Legislativo”. Pela sugestão de Cristiane, para circular na Câmara, deputadas, assessoras e visitantes do sexo feminino teriam de usar tailleur, terninho ou vestidos longos ou médios, ou ainda calças e saias longas.