Mário Coelho
O presidente em exercício da Câmara Legislativa, deputado distrital Cabo Patrício (PT), determinou a instauração de um inquérito para investigar a invasão do plenário da Casa na tarde desta quarta-feira (2). Por volta das 14h30, cerca de 200 manifestantes entraram à força na Câmara. Na confusão, uma porta de vidro foi estilhaçada e um detector de metais quebrado.
Além do estrago material, um segurança da Câmara foi ferido. Segundo a assessoria de comunicação da Casa, ele foi levado ao hospital Prontonorte, na Asa Norte de Brasília, para exames. Durante a confusão, o vidro estilhaçou no rosto do profissional. Ele ainda acabou pisoteado pelos manifestantes. A Coordenadoria de Policia Legislativa não quis divulgar o nome do segurança.
“Serão adotadas ações contra os responsáveis no sentido de ressarcir o erário do Distrito Federal dos prejuízos causados. O Poder Legislativo, como casa do povo, continua aberto para receber manifestações de quaisquer setores da sociedade”, afirmou Patrício em nota oficial.
A determinação de Patrício prevê que a Polícia Legislativa instaure um inquérito para apurar responsabilidades, conferindo poderes para requisitar, a qualquer unidade administrativa da Câmara, colaboração no “intuito de averiguar os danos causados ao patrimônio público”.
Polícia
Cerca de 200 manifestantes continuam ocupando o plenário da Câmara. Os deputados fizeram uma proposta ao grupo. Se eles não desocuparem o local, não é possível começar uma sessão plenária. Aí, o requerimento de instalação da CPI da Corrupção, a eleição do corregedor ad hoc e a leitura dos requerimentos de investigação dos deputados ficariam prejudicados.
Os distritais pediram que os manifestantes deixassem o plenário momentâneamente. Depois do encerramento da sessão, eles poderiam voltar a ocupar o plenário. Até o momento, os manifestantes não concordaram com a proposta.
Fora da Câmara, cerca de 120 policiais militares estão de prontidão. Entretanto, reunião de Patrício com o comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Luiz Fonseca, garantiu que os militares ficarão do lado de fora. “Não temos autorização para entrar na Câmara. Ficaremos de prontidão”, disse o coronel.