O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), quer, até o meio do ano, vender a folha de salários da Casa, de R$ 2,6 bilhões anuais, para arrecadar dinheiro e realizar reformas no prédio. Os recursos, segundo informa a edição de domingo (20) de O Estado de S.Paulo, serão para construir um novo prédio, com 80 gabinetes para os deputados e fazer algumas mudanças no prédio principal da Casa – a estimativa é gastar mais de R$ 100 milhões.
Atualmente, todos os 513 deputados, mais os cerca de 15 mil funcionários, recebem os salários pelo Banco do Brasil. “Vou vender a folha para trazer dinheiro para a Câmara. Já estou fazendo consultas sobre isso", disse Chinaglia. Ao Estado, o primeiro-secretário da Câmara, Osmar Serraglio (PMDB-PR) declarou não saber ainda quanto será pago. “Não vamos falar em números para não desvalorizar o preço no leilão da folha", argumentou.
O prazo da presidência da Casa é estar com a licitação da folha pronta nos próximos meses. No entanto, segundo resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), do ano passado, servidores poderão escolher, a partir de janeiro de 2012, em qual banco desejam receber os vencimentos.
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“A licitação da folha está nas nossas prioridades. Ela deverá sair logo porque qualquer demora significa perda no valor. Quanto mais distante estiver a data em que o servidor pode optar em que banco receber, mais vamos arrecadar”, explicou Serraglio ao Estado. “’Temos de construir um novo anexo. Recebemos muitas reclamações de deputados que são doentes e não querem ficar de jeito nenhum no anexo III, que não tem banheiro”. O deputado paranaense é o responsável pela administração da Câmara.
No projeto do novo anexo, que deve ter 40 mil metros quadrados, seriam construídos dois restaurantes, cinco andares de garagem, além dos 80 gabinetes.
Há mais de 20 anos, em 1986, o arquiteto Oscar Niemeyer, que projetou o prédio do Congresso, realizou o esboço de uma reforma na Câmara. Ele será usado agora. Há ainda a possibilidade de outras obras, como reformar os 432 apartamentos de deputados, com custo estimado em R$ 147,6 milhões. Pensa-se ainda na construção de uma biblioteca e de um museu, estimados em R$ 95 milhões.
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